Rio de Janeiro, RJ ... [ASN] Logo pela manhã, membros da Igreja Adventista do Fonseca, um dos bairros mais afetados pelas conseqüências das chuvas, foram até o Morro do Bumba, vizinho da igreja e da Escola Adventista, para oferecer ajuda.
As centenas de pães, frutas e litros de leite alimentaram bombeiros e demais pessoas que trabalham nas buscas de sobreviventes e corpos. “Precisávamos fazer alguma coisa. A gente não pode ir lá procurar pessoas, mas pode alimentar quem está procurando”, explicou Jonathan Conceição, que logo cedo moveu pessoas para fazer essa distribuição de alimentos para as equipes de resgate. O número de vítimas no Estado supera 170.
“A ADRA já está recolhendo doações, que podem ser feitas nas igrejas adventistas, especialmente no sábado. Estamos aceitando tudo, desde alimentos e roupas, a móveis e colchões. A maior necessidade da Defesa Civil agora é obter colchões e roupa de cama. Vamos ajudar com isso também”, diz o pastor Walmor Ricardi, diretor da ADRA para os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. “A igreja está procurando saber quem são as famílias atingidas, para que a gente possa ajudá-las”, comenta Fábio Ferreira da Silva, pastor que atende a região mais afetada pelas chuvas.
Por volta das 20 horas do dia 7 de Abril, cerca de 50 casas vieram abaixo no Morro de Bumba, onde funcionava um lixão anos atrás. Estima-se que 200 pessoas estejam soterradas. O lixo se misturou com lama e cobriu tudo. As escavadeiras retiram muita sujeira, mas raramente se viram vestígios de casas. “Eles escavavam, escavavam, mas só tiravam lixo. Num momento vi que começou a aparecer bolsa, roupa, creme.. Aí pensei: vão achar gente, e acharam”, conta Thássia Oliveira, que ajudou a distribuir o lanche que a ADRA levou no local. Parentes, amigos e vizinhos das vítimas aguardam notícias próximo ao local, que foi totalmente interditado. No momento do desastre, os moradores se mobilizaram para socorrer as vítimas. Somente em Niterói, estão confirmadas 97 mortes.
Funcionários da administração da Igreja Adventista na região prepararam um lanche e marmitex para levar às equipes de resgate e demais pessoas que estão trabalhando incessantemente para buscar e ajudar as vítimas.
"A gente não pode ir lá retirar corpos, mas podemos alimentar quem está lá procurando sobreviventes", diz Jonathan Conceição, que teve a iniciativa de servir o desjejum aos bombeiros e demais socorristas. A Igreja busca saber quem são as famílias afetadas e em que situação estão. Estoques do Mutirão de Natal vão sair das prateleiras, mas mais ajuda tem que chegar. Precisamos de tudo: alimentos, roupas, colchões, cobertores. Muita gente não tem mais nada", conclama o pastor Ricardi.
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