Confesso, Senhor, que muitas vezes bato nas notas certas do teclado, mas deixo de lado o espírito do que me deste para tocar.
É muito frequente eu fazer doações, mas sem alegria. Servir, sem disposição. Falar, sem sinceridade. Aparecer para os compromissos na Igreja, com amigos, com parentes, mantendo meu coração distante.
Talvez eu faça tudo isso porque acabo me sentindo bem comigo, ou talvez porque, assim, os outros me veem e pensam que eu sou bom. Não tenho certeza. Mas sei de uma coisa: tudo que faço, até mesmo aquilo que faço para Ti, realizo sem amor, ou com amor insuficiente.
Ler a Bíblia. Orar pelos outros. Ajudar em alguma atividade. Tantas vezes tudo isso não passa de itens em minha agenda, tarefas que excluo depois de prontas. Assim, simplesmente sigo a rotina pesada de meus dias, sem pensar e sem sentir.
Minha vida parece muito boa para os ouvidos que não são treinados. Pelo menos eu toco todas as notas, na ordem certa.
Mas como a ouves, Deus? A olhar para a pauta musical de minha agenda diária, ela é música aos Teus ouvidos? Ou não passa de barulho?
Ajuda-me, ó Deus, a viver de modo que o resultado não seja apenas uma sucessão de notas, mas, sim, uma Sonata. (Escrito por Ken Gire)
fonte: NovoTempo
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